Em uma revelação alarmante, foi apresentada uma denúncia contra Emmanuel Dante, atual diretor superintendente interino do Departamento de Trânsito do Amapá (DETRAN-AP), que está sob investigação por supostas irregularidades em um processo licitatório. Nomeado em maio de 2025, Dante estaria promovendo a contratação urgente de um novo sistema de tecnologia geral para o órgão, mesmo enquanto este processo licitatório já está em andamento.

De acordo com informações divulgadas na mídia local, Emmanuel Dante teria encontrado um sistema do DETRAN do Rio Grande do Norte que, segundo ele, será doado ao DETRAN Amapá por meio de um termo de cooperação técnica entre os estados. No entanto, desde sua nomeação, Dante não tem despachado no órgão e se concentra na contratação desse sistema, que poderá custar R$ 14 milhões para a implantação e mais R$ 9 milhões para a manutenção.

A denúncia aponta que a aprovação desse sistema depende de uma ata de registro de preços do Estado do Amapá, com a empresa MSB Tecnologia Ltda, cuja documentação revela que seus sócios – Frederico de Souza Amaro Junior, Jorcyanne Francisca Colares de Andrade Aleixo e Adolfo Francisco de Oliveira Colares – têm ligações com o governo do Amapá. Jorcyanne, por exemplo, está associada a uma sociedade de práticas comerciais chamada Projeto de Transformação Digital.

Além disso, foi destacado que Alexandre Aleixo Adolfo Amaro Junior, um dos sócios, ocupa atualmente o cargo de Analista Ministerial no Ministério Público e atua como Diretor do Departamento de TI do órgão. A denúncia sustenta que a utilização da ata de registro de preços é baseada em um convênio da PRODAP, o que levanta ainda mais questionamentos sobre a legalidade do processo.

Em face desses fatos, solicitou-se ao Ministério Público do Amapá que aprofunde as investigações relacionadas a esse caso e tome as devidas providências para coibir possíveis irregularidades e proteger os interesses do Estado.

Essa situação levanta preocupações significativas sobre a transparência e a ética na gestão pública, além de acender um alerta sobre as relações entre o setor público e empresas privadas em processos de contratação governamental.

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